Desavisado
Só com um sopro desabou
O que eu levei tempo para edificar,
Todo suor foi pouco
E empoeirou o teu retrato.
Só com um toque arrebentou
A corda que usei para lhe erguer,
Para lhe tirar do poço
Mas escorreguei desavisado,
Tropeçando os atos;
E oque vem depois de uma queda letal?
Depois de um ato final que tem
tudo pra ser recomeço?
Tudo que é seu reconheço
Sei
Teu endereço é o sol.