Forjado no amor

Quanta tristeza enchendo o peito

De tudo aquilo que alimentei

Pra Deus rezei nem sei direito

Quantas velas eu já queimei

E o lamento se faz presente

Quando o futuro que batalhei

Traz o desgaste que certamente

Corta as raizes que cultivei

São tantos sonhos adoecendo

Toda uma vida , servida em vão

O amor que mora bem aqui dentro

Parece não ser solucão.

E quanto tempo fui esperando

Imaginando a consagração

De um sentimento que provavelmente

Caminha a beira da escuridão

No peito agora coração ausente

Nesse buraco só aflição

A angústia ferve e de tão potente

O poeta chora de ingratidão .