Acredite em meu amor
Não adianta dizer para não te amar,
Não tenho o dom de controlar meu coração
Sou um ser humano e por isso,
Amarei-te amiúde.
E sempre irei recolher
Os beijos em passagem
Tomando-os como hóstia - púbere querubim.
Você falando que eu não posso amar,
e eu dizendo, te amar eu pude, posso e estou.
Mas anjos tardaram e demônios enfim
Fizeram-me prisioneiro, cárcere desse amor.
E pesam agora meus áridos lábios a beijar-te a última miragem,
Dessa linda mulher que não acredita,
Que meu amor é todo dela.
Fui ao calabouço como quem caminha em flores.
Sou o que sou: invento dores
Só para não chorar sangue
Desse meu amor eterno.
A palma do tempo acena adeus
Balbucia, pequena e lívida.
Estou morrendo desse amor.
Pois sei, ficarás sim com teu destino,
E eu com o meu destino.
Separados nesse momento, mais...
A esperança é a ultima que irá me abandonar.