Porto-Amor-Seguro

Pensamentos escusos

corroem o meu ser.

Desconheço meus atos.

Não meço meus encalços.

Luto com meus demônios.

Que zombam de mim.

Eles vão!

Eles voltam !

Desisto de lutar...

Os pensares, do meu impensar,

se fundem numa dança

inconstante no tempo.

Desconheço-me!

Vejo-me como um louco insensato,

que navegou em outros mares,

provando novas iguarias,

inalando novos venenos,

em portos não seguros.

Agora ouso romper o silêncio

da minha loucura,

clamando por ti,

implorando o teu corpo.

Pois nele hei de mergulhar sem medo.

Conheço teus venenos.

Inalo-os sem medo...

Em ti sei quem sou,

pois és meu porto-amor-seguro.

EDU
Enviado por EDU em 10/01/2008
Código do texto: T811053