Estrelas Mortas

Não mintas à noite dos meus olhos

os astros que insinuas no olhar.

Há tempo eu não tenho céu nos olhos

nem olho tanta estrela a cintilar.

Há muito que perdi o horizonte

e vago tateando as incertezas,

por isso nos meus olhos trago a noite

nublada pelas nuvens da tristeza.

Não mintas a aurora num sorriso

eu já nem sei se posso despertar,

pois foi por crer demais no paraíso

que a noite pernoitou no meu olhar.

Não pode ser verdade tanta estrela

luzindo em teu olhar quando eu te olho.

Eu já não tenho olhos para vê-las

de tanta estrela morta nos meus olhos.