ASSIM SERÁ...
Engulo os meus sonhos
de pedra...
Transito pela poesia que
me liberta, ironia.
EsTes sonhos de asfalto
me levam ao infinito.
EsTa palavra enroscada
na garganta não grita, mas
me espanta!
Então eu quero fugir.
Então o meu "querer" esbarra
no teu não querer, e nunca mais
faremos amor nas areias dos meus
tolos sonhos, de granito.
E nada neste mundo será tão
bonito novamente.
E a paz vai me engolir e devorar
o verbo amar...
E sem estrelas, serei mais crua.
E sem a lua, serei mais nua...
Nunca mais irei me despir dessa
crueldade que assassina os sonhos.
Nunca mais beijarei a tua boca,
no sono profundo que me mantém
viva...
Acordarei, e o perfume da tua pele
será apenas a mais doce lembrança
da tua alma.
Terei o gozo mais profundo ao matar
as minhas loucuras, tão puras...
Tão puras...
Tão puras...