ASSIM SERÁ...

Engulo os meus sonhos

de pedra...

Transito pela poesia que

me liberta, ironia.

EsTes sonhos de asfalto

me levam ao infinito.

EsTa palavra enroscada

na garganta não grita, mas

me espanta!

Então eu quero fugir.

Então o meu "querer" esbarra

no teu não querer, e nunca mais

faremos amor nas areias dos meus

tolos sonhos, de granito.

E nada neste mundo será tão

bonito novamente.

E a paz vai me engolir e devorar

o verbo amar...

E sem estrelas, serei mais crua.

E sem a lua, serei mais nua...

Nunca mais irei me despir dessa

crueldade que assassina os sonhos.

Nunca mais beijarei a tua boca,

no sono profundo que me mantém

viva...

Acordarei, e o perfume da tua pele

será apenas a mais doce lembrança

da tua alma.

Terei o gozo mais profundo ao matar

as minhas loucuras, tão puras...

Tão puras...

Tão puras...

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 13/01/2008
Código do texto: T814739
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