EROS ESTÁ MORTO

Que amor é este

Que transfunde e enlouquece,

E numa transição lunar

se esquece?

Sentimento insano

Como um jogo de amar,

Quanto menos amor parece.

Eros, com a vida brinca.

Todavia, a sorte

Com que a vida nos brinda

Está nos dias que seguem irretratos.

Ficam, deles, retratos na parede colados,

Das passagens e paragens

De onde recolheremos os cacos

No descanso obrigado do Juízo Final:

Letal, ipsos facto

Intacto, Thanatos.

Sylvio Carlos Galvão
Enviado por Sylvio Carlos Galvão em 20/01/2008
Reeditado em 21/01/2008
Código do texto: T825559