Desculpar sempre, perdoar jamais.

Onde prostrou-se mortalmente ferido o teu imorrível amor?
Em que esquinas traiçoeiras do teu coração
Perdeste o afeto que tinhas por mim?
Em que momento rompeu-se o fio da dependência mútua
Que nos ligava, nos atraía e nos mantinha felizes?
Como deixastes de amar quem amavas tanto
E que te amava tanto também?
O nosso amor, agora vejo,
Não era o amor que dizíamos ter.
No início, a nossa paixão era tudo e por ela enfrentaríamos a todos
Depois, transformou-se em um misto de comodismo
E aproveitamento comensal.
Fostes usada e por igual me usastes
E nos usávamos tão bem que nos amávamos por isso!
E o amor parecia infinito,
Mas, no amor, tudo que é infinito tem fim!
Tudo que é eterno, é etéreo
Tudo o que é nunca pode vir a ser.
O amor tanto dói quanto extasia
É a tolice que nos anima a vida
É a vida em fantasia!





* Créditos da imagem: Haleh Bryan ( Cut tru my soul).
Edmar Claudio
Enviado por Edmar Claudio em 24/01/2008
Reeditado em 24/01/2008
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