Um ourives chamado destino
Destino, malandro destino
Se existes, porque não revela-te?
Porque não mostras suas cartas?
Porque não dizes o que tramas?
Porque não te entregas sábio amigo?
Velho amigo
Ages de maneira sutil, tal como o ourives
Que coloca a pedra brilhante na jóia rara
Não me digas que seja eu tal pedra brilhante
Pois brilhante não sou
Mas tu, minha cara, que contemplas um monólogo
Um louco, golpeado pelo amor delirando a um ser que se quer pode existir
Anseia em saber que jóia é essa
Intercepta com belos olhos e sorriso ofuscante
O “diálogo” inútil e esperançoso do apaixonado
Se me sobra razão, tenho comigo, convicto,
Que se desejas ser tal jóia de nada me importa ser lapidado
Pelo ourives chamado: destino