O que pode fazer uma paixão

“O Que Pode Fazer Uma Paixão”

“Ele vivia sozinho

Morava separado do mundo

Solitário no seu cantinho

Escondido num rancho fundo

Usufruía a natureza

O pôr-do-sol e o brilho da lua

Não conhecia pobreza

Nunca andara na rua

Aquele homem tão puro

Imaculado de coração

Tinha na vida um futuro

Se não fosse a infame paixão

Conheceu algumas mulheres

Perdeu a felicidade

Acredite se puderes ou quiseres

Estou falando a verdade

Em pouco tempo se casou

Com seu ‘amor verdadeiro’

A sua vida então mudou

Mudou tanto e foi ligeiro

Agora tristonho e choroso

Amargamente arrependido

Aquele mundo saudoso

O homem havia perdido

Jogado nas esquinas das ruas

Vive fedendo a cachaça

Sem pores-do-sol e sem luas

Restou lamento e desgraça

Enquanto a vida passava

Conheceu uma jovem senhorita

Toda atenção ela lhe dava

Além de ser tão bonita

Ela era muito delicada

Sensível como uma rosa

Aquela moça educada

Tão linda e tão formosa

No coração daquela moça

Brotou sementes do amor

Na luta com toda força

Àquele jovem confessou

Dobrou a sua amargura

Ele se sentiu incapaz

De amar uma moça tão pura

Pra ele era demais

Fugiu daquela cidade

Continuou na mesma vida

Tão longe a felicidade

Não lhe mostrava uma saída

Por ironia do destino

Outra jovem conheceu

Na inocência de menino

Outra amizade nasceu

Aquele moço da roça

Outra vez se apaixonou

Livrou-se então da fossa

Que por muito ele ficou

Era amor correspondido

O que lhe aconteceu

Nada lhe era proibido

Aquele amor só cresceu

Casou-se com aquela menina

Sem escutar qualquer conversa

Seja aqui ou lá na China

O amor é o que interessa

Voltou pro seu rancho fundo

Levando a felicidade

No peito um amor profundo

E nem saudade da cidade

A vida é simples assim

Não importa a situação

O que interessa no fim

É a sua decisão!”

Renato Brial
Enviado por Renato Brial em 28/01/2008
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