CONTRADIÇÃO II
Que palavras são essas
Que calam fundo em minh'alma
Que sentimento é esse que confessas
Com delicadeza e calma
Transportando-me com leveza
Neste som que inebria
Embriago-me então na beleza
Contida nesta poesia...
De repente mudas o tom
Como se nada mais importasse
E o que era um lindo som
Como se nada mais representasse
Passa a ser uma melodia banal
Daquelas que se tenta esquecer
Pois traz a agonia de um final
Depois de tanto bem-querer...
E assim vou vivendo
Tentando exorcisar esse amor
E ao mesmo tempo querendo
Que ele permaneça em meu interior
Pois é parte integrante de mim...
E nessa louca contradição
Entre o não querer e o querer sim
Quem sofre é o meu coração
Sem saber quando isso terá fim...
Sônia Maria Grillo
(Baby®)
08.07.2007
Vitória-ES