E AGORA DOUTOR?

Diria um grande amante ao me ver:

"Amigo, não sabes o que faz"

O meu amor, não iria entender

Condenaria-me a viver longe da paz

E o poeta, o que diria para mim?

Talvez que os versos oferecem seus perigos

Por flutuarem em busca de um sim

Tornando amante quem outrora fora amigo

E o pescador se segurou para não falar

Sobre a tormenta que atormenta este mar

Que este barco onde teimo ir sozinho

Não se sustenta até o fim do seu caminho

Vou lhe dizer o que me disse o jardineiro

Ao ver-me no chão entorpecido

"Furou o dedo, esse menino aventureiro

Por não saber que toda rosa tem espinhos"...

E você doutor, o que vai me dizer?

Que sou apenas mais um louco sem razão?

Que esvaziei minha cabeça e cá botei um coração?

Ou que sou livre para amar sem medo de sofrer...

Philipp Ricardo
Enviado por Philipp Ricardo em 02/02/2008
Reeditado em 26/07/2008
Código do texto: T843548
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