Mocinha na janela
Intuindo ser o amor que alimenta,
Lindos sonhos da mocinha na janela,
Quisera eu ser o brilho que acalenta,
A esperança a pulsar no peito dela.
Tão perdida em olhares navegantes,
Que flutuam abarcando a paisagem,
Quisera que me olhasse por instantes,
Jamais consigo ser o alvo da miragem.
Acostumei-me a passar de manhãzinha,
Em meu ritual de olhar a diva na janela,
Na esperança de que um dia a mocinha,
Pouse em mim, numa carícia, o olhar dela.