Mocinha na janela

Intuindo ser o amor que alimenta,

Lindos sonhos da mocinha na janela,

Quisera eu ser o brilho que acalenta,

A esperança a pulsar no peito dela.

Tão perdida em olhares navegantes,

Que flutuam abarcando a paisagem,

Quisera que me olhasse por instantes,

Jamais consigo ser o alvo da miragem.

Acostumei-me a passar de manhãzinha,

Em meu ritual de olhar a diva na janela,

Na esperança de que um dia a mocinha,

Pouse em mim, numa carícia, o olhar dela.

José Antonio Siqueira
Enviado por José Antonio Siqueira em 13/12/2005
Código do texto: T85475