TEU CÔNCAVO

Diante do teu côncavo,

Trago o meu convexo,

Como se o encaixe todo

Ficasse livre de complexo.

Diante do teu fascínio,

Detive o meu lamento,

Como se o encanto todo

Preenchesse o pensamento.

Diante do teu aparato,

Deixei o meu amplexo,

Como se o domínio todo

Desamparasse nosso nexo.

Diante do teu intento,

Debrucei o meu deleite,

Como se a dedicação toda

Fosse o nosso enfeite.

Diante do teu enlevo,

Dediquei o meu usufruto,

Como se entrega toda

Causasse algum tumulto.

2.008