Só para não perder o hábito...

Só para não perder o hábito...

Vai num copo de chá-mate

O encontro da cor do seu olhar

No sabor do açúcar que não posso provar

O gosto da sua pele

Na cósega ao toque de minha mão no seu joelho

O riso, o clima de descontração e intimidade

Que eu gostaria de aprofundar e perpetuar

Na falta de freio das suas palavras

A nobreza da sinceridade

E das coisas bobas que “faz parte” falar

E das coisas sérias que são necessárias refletir

No ritual rotineiro e sem graça da despedida

A frieza dos beijinhos do até logo

Da falta de um grande abraço

Daqueles em que a gente sente a alma

Da vontade que isso nunca se repita

E da falta de coragem de fazer se repetir sempre

Só para não perder o hábito...

quarta-feira, 12.03.2003