Humildes riquezas
Vida tão pequena não sei se existe,
só vejo com carinho o que tanto insiste.
Esta vontade em meu peito, traduzida em morte no leito,
da mais ousada flor,
que perdura com cuidado a dor.
Tempo tão distante não tarda em chegar,
apenas quero viver sem esse doce esperar.
Das vezes em que fingi,
nada, nem o amor fui capaz de sentir.
Mas perto de ti, deixo para trás o sofrer.
Nunca pensei em poeta ser,
mas as frases que faço ,
deixam com medo estilhaços,
daquilo que tanto sonho em pedir,
Ao céu, ao mar, a vida enfim,
que um dia não tardará em ser sem fim.
E aí quando mais cedo eu sonhar,
quanto mais forte eu amar,
estarei vivendo sem limites a felicidade.
E a viverei perto daqueles que praticam a verdade,
então saberei que não fingi.
Que na luta mesmo não querendo as forças perdi,
não por fraquezas nas batalhas morri,
mas por humildes riquezas fui que resplandeci.