Humildes riquezas

Vida tão pequena não sei se existe,

só vejo com carinho o que tanto insiste.

Esta vontade em meu peito, traduzida em morte no leito,

da mais ousada flor,

que perdura com cuidado a dor.

Tempo tão distante não tarda em chegar,

apenas quero viver sem esse doce esperar.

Das vezes em que fingi,

nada, nem o amor fui capaz de sentir.

Mas perto de ti, deixo para trás o sofrer.

Nunca pensei em poeta ser,

mas as frases que faço ,

deixam com medo estilhaços,

daquilo que tanto sonho em pedir,

Ao céu, ao mar, a vida enfim,

que um dia não tardará em ser sem fim.

E aí quando mais cedo eu sonhar,

quanto mais forte eu amar,

estarei vivendo sem limites a felicidade.

E a viverei perto daqueles que praticam a verdade,

então saberei que não fingi.

Que na luta mesmo não querendo as forças perdi,

não por fraquezas nas batalhas morri,

mas por humildes riquezas fui que resplandeci.

Carolina Oliveira da Silva
Enviado por Carolina Oliveira da Silva em 05/03/2008
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