ADVÉRBIOS DO AMOR
Não pense que
Deixei de te amar
Violentamente...
Nem que me esqueci
Dos nossos corpos trançados
Desesperadamente...
Nossos suores
gelados, percorrendo-nos
ardentemente...
Intimidades secretas
Pleiteantes, em alerta,
Diferentemente...
Ora, dessas cenas vivas
Não me esquecerei
Impunemente...
Só porque satisfeita
Repousas de bruços
Pesadamente...
Pois quando acordares, tem mais!
Pensar em nós no passado, nem tente
seremo-nos, para sempre, presentes!
Julho de 2001