ADVÉRBIOS DO AMOR

Não pense que

Deixei de te amar

Violentamente...

Nem que me esqueci

Dos nossos corpos trançados

Desesperadamente...

Nossos suores

gelados, percorrendo-nos

ardentemente...

Intimidades secretas

Pleiteantes, em alerta,

Diferentemente...

Ora, dessas cenas vivas

Não me esquecerei

Impunemente...

Só porque satisfeita

Repousas de bruços

Pesadamente...

Pois quando acordares, tem mais!

Pensar em nós no passado, nem tente

seremo-nos, para sempre, presentes!

Julho de 2001

Sylvio Carlos Galvão
Enviado por Sylvio Carlos Galvão em 05/03/2008
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