AMOR QUE NÃO SE MEDE

Eu diria, ou talvez não,

Que dor é dor.

Não interessa se primeira ou segunda.

Diria que os sonhos que sonhei para nós

Nunca foram fantasias.

Que nunca me acostumei com a sua partida

Mas que aceitei e fiz concessão à despedida.

Diria que, a mulher que mais amei nesse mundo,

Não me fez sofrer por Ter-se ido

Mas, por me fazer perceber lucidamente,

Que o amor quando sai da gente é que nem chuva passageira

Deixa tudo nem molhado nem seco

Se fica assim em meio termo:

Um bocado abobalhado. Um bocado perdido. Um tantão ferido

Um ser esquisito.

Eu ensaiaria tentar dizer mais claramente,

Se soubesse que palavras usar,

Que a mulher que eu, mesmo sem querer,

Só fiz amar

Nunca saiu de mim. Sei lá...

Ela parece estar sempre aqui

E, em cada novo dia

Baila no vento que sopra os meus cabelos

Permeando meus pensamentos como uma memória viva.

Nossa bela, conturbada, acabada, renovada, finda e infinita relação

É um tipo de eterno ensinamento

Que alimenta a alma e me faz

Levantar das quedas e aprender com as derrotas,

Sorrir dos inúmeros erros que me perseguem

E dos enganos que ainda cometo

A mulher que mais amei representou algo muito maior que uma dor Primeira ou secundária

Ela foi e sempre será

O ser em construção que sou

O tudo de mim.

Ela sempre será

O melhor que eu pude dar

A inspiração pra no amor acreditar

Não no amor comercial

Nem no amor enlatado, industrializado e

Preparado pro consumo

Mas no amor indecifrável

Apaixonado

Que, mesmo ao partir

Parece eternamente chegar.

28/02/2005

ANALÚCIA AZEVEDO

p.s: Fiz essa poesia depois de conversar com um grande amigo “POETA” que muito sinceramente abriu seu coração e revelou seus sentimentos de maneira tão doce e inocente que me inspirou. Confesso que tive ciúmes da mulher citada. Rsrsrsr.

Analúcia Azevedo
Enviado por Analúcia Azevedo em 15/03/2008
Reeditado em 04/05/2008
Código do texto: T901747