AQUELE MOÇO

Aquele moço que hoje vi lá fora,

Não sei onde mora, nem pra onde vai,

Ficou me olhando com olhar distante,

Lembrando a amante que deixou pra trás.

Com seu jeitinho de menino pobre,

Que subiu na vida pelas próprias mãos,

Não se intimida mesmo que lhe cobre,

Tantos juros altos pela solidão...

Segue o caminho com um juramento,

Nenhum sofrimento vai lhe afundar...

Puxa as rédeas do destino em movimento,

e com o vento continua a trautear.

Se as sombras das velhas lembranças,

Forjarem mudanças no seu coração,

Encontrarão só saudade como herança,

Que já vai tarde fugindo na contramão.