Amando a cigana

A cigana nua deitou-se

e sem beijar o sono chamou-me

e eu a vi.

A tenda estava bela

e mais belos ainda o seu sol

e o seu deserto,

e tão oásico o meu amor por ela

que em aquarela a pintei

dentro dos meus desejos.

Ouvi-a cantar alegremente

como um grande amor se sente

e se quer dar.

A cigana deitou-se e eu também

e como se nada nos impedisse,

ela olhou-me e disse:

quero-te amar como a ninguém...!