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Quanto, enfim, me tocares a boca,

meu corpo responderá e, quase louca,

me entregarei ao teu corpo de homem,

rendida aos desejos que consomem;

Quando, enfim, me levares àquela lua,

travestida aos sonhadores e mais nua,

me colocarei à mercê do teu destino,

me oferecerei densa e tesa, sem atino;

Quando, enfim, me tomares aos goles

nos meus frêmitos de descontroles,

eu me deixarei ficar, exaurida de ardor;

Quando, enfim, me disseres a que veio,

te embalarei com carinho em meu seio

e te chamarei, bem baixinho, de Amor...

Sampa, 20.03.2008

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