Falo de amor...
É incrível como falamos do amor
Que se diz ser tão fiel ao coração
Mas que as vezes chega a ser constrangedor
Quando a ele somos total submissão
Um submisso que a outro submete
A toda e qualquer forma de reação
Mesmo porque quem ama não mais se sente
E nada sente se ausente fica do chão
E não me venham com essa de consciente
Porque quem diz ter o amor em suas mãos
Tem na verdade uma lacuna permanente
Onde o amor irado vira obsessão
Mas quem de obsessão já não fez seu amor...
Somos em síntese bem me quer ou mal me quer
Ah! Como eu queria saber quem foi o inventor
E quem amou primeiro: o homem ou a mulher?
Iria lhe pedir todas as formas e o teor
E assim poder amar só aquilo que eu quiser
E a ele assim interagir e com tal zelo
Amar também a quem diz que não mais me quer