Canção da Vida
Outrora mar e terra, apenas,
Sentença finda, a vida cessa.
Morte aparente, eterna hora,
Minha humana alma comporta.
Não sei que ondas, montanhas, vales,
São na trajetória, a eu, impostas,
Mas existem também atalhos,
E por eles percorro, firme.
Agora mar e terra, as cenas,
Homologadas, julgadas, nessa
Funesta fresta, que nos devora,
Meu coração se parte, se corta.
Não sei tuas falas. Não, não cales,
Eu quero entender o que gostas,
Este canto sobre os carvalhos,
Suave tom, que só o amor, afirme!
Nice Aranha