O POETA NÃO FOI SÁBIO

Fostes ave de uma armadilha,

não foi sabio, temeu errar.

Vivestes das coisas banais,

não amar é sofrer amar é sofrer mais.

Desculpe o poeta que falhou,

neste museu de sonhar,

não foi sabio, temeu errar.

O fiel soldado tornou-se poeta consagrado,

num momento somente foi sabio.

Não foi poderoso por matar inocêntes,

mas descobriu as insignificâncias da vida,

tornou-se sabio novamente.

Suas letras secretas, melodia entre pétalas,

fez-o conhecer a musa dos poetas.

Sob o leito das flores a última rosa desfolhou,

por uma vespa congelada se apaixonou.

Desculpe o poeta que falhou museu de errar,

não foi sabio mais soube amar!