Amor

Como pode ao mesmo tempo fazer mal,

se quando quer faz tanto bem?

Talvez não peça reféns,

e não queira estar preso a alguém.

Mesmo assim é capaz

de estremecer o coração

e sem querer o levar com emoção.

Talvez não seja escravo do tempo

e não deseje só este momento.

Então seria quem sabe ilusão,

ou mera arte da paixão?

Como pode num mesmo instante ser eterno,

se quando junto passa ligeiro?

Talvez não precise dos sonhos,

e seja, quem sabe, os mesmos!

Ou talvez esteja distante

ou até perto demais.

E assim repentino se vai,

demorando a voltar, para que

um dia enfim possa ficar.

Carolina Oliveira da Silva
Enviado por Carolina Oliveira da Silva em 04/04/2008
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