Amor Definido

Acabou! E ao mesmo tempo...Quem eu sou?

Horas, dias e meses sufocantes...

Palavras de dor meu coração soltou.

Sentidas de momentos incessantes...

De um buscar insano que provocou

tantos sofreres...Tão inconstantes.

Fiz de meus poemas...Um mero diário;

onde tudo que me foi sentido...Fluiu...

Que fosse real ou imaginário;

Parte do meu mundo, num abismo ruiu...

Que para muitos, o que escrevi foi hilário,

E quem eu quis um dia, nem sequer me sorriu.

Meus versos de amor, meus versos doridos.

Versos rimados e muitos sem nexo.

Tantos incautos, tantos reprimidos;

outros mais, com sentimento complexo,

com alma e coração exauridos...

E ainda aqueles, que falam de sexo.

Amor verdadeiro, amor impossível!

Quem sabe agora o que me vem por falar?

Se falo do homem inadmissível...

Ou conjugo outra vez o verbo amar?

Não sei se ainda me seria possível,

pensar no amor e meus versos rimar.

E se o mar hoje não é o meu destino...

Talvez tenha sido uma mera ilusão.

Quem eu amo é um Poeta menino...

Que passa na voz a ternura e emoção.

E por ele, o meu coração eu ensino...

A lutar pela doce e cândida união.

Nunca amei de verdade um Poeta

que falasse a mesma língua que a minha.

Ambos versificam a alma inquieta;

dos teus versos eu já sou tua Rainha

E em meus versos és Rei...Que me completa...

E a Poesia se faz...Sozinha.

Anna Müller
Enviado por Anna Müller em 03/01/2006
Código do texto: T93613