PURO AMOR
Do louco amor
que no inferno de amar
aceitou ser dor.
Pobre do amor
que um dia cheio de lágrimas
aceitou ser dor.
Triste amor
que em gritos silênciosos
aceitou ser dor.
Foi na melancolia inquieta
que eu fiz-te poeta.
E que em gritos de dor
eu lhe trouxe o amor.
E em beijos enlouquecidos
os gritos da guitarra
foram esquecidos.
Punhal de prata
que destila a dor.
Ele mata o poeta de amor.
Feliz o amor
que em gritos silênciosos
fez-se puro amor.