Tumulto de amor
O HÁLITO evaporando timidamente
num orvalhar de lábios em movimento
não ser paixão, não ser tumulto
ser amor, ser tranqüilidade
PERFUMES de amor silvestre
seminu espargindo sentimentos
uma gota sustém a libido na relva
ausência de espaço nessa voragem
OH! AMOR não existem fronteiras
nesse outono em névoa vacilante
uma dor em amplitude silvante
vocifera no ar em puro êxtase
NUM ARREPIO seráfico gozoso
flutua perdida na lentidão
ausente num crepitar do coração
necessita repetir esse tumultuar
O AMOR diluiu o desejo
na faina voraz do matrimônio
não existe mais motim
ser
não ser
árvore
fruto
no timbre dúctil dos lábios
no alento do amor em movimento
na travessia do bosque na solidão
sem álibi nessa colina da desilusão
joga-se num repouso
um murmúrio no túmulo
sem lírios, rosas ou gardênias
o amor na inércia
tímida aurora
sem um tumulto de amor