Quando Não Digo Que Te Amo

Repousa o olhar no horizonte

Lá onde tudo é possível

O imprevisível, o abraço imenso

O inesperado encontro

O sonho, as tolas intenções

E o principiar da vida

Cabe apenas em uma palavra

Quando em silêncio, digo:

Amo-te!

Há um ritmo singular

Que acalenta e embala

O amor inconfesso

Na solidão do olhar

No espaço suspenso

Entre a realidade e o sonho

Refugia-se o coração

À beira da revelação íntima

Cumpre seu desígnio secreto

Percorrem os teus caminhos

Os passos da minha emoção

Ate o limiar onde me aquece

A chama do desejo incontido

© Fernanda Guimarães

Fernanda Guimarães
Enviado por Fernanda Guimarães em 11/04/2008
Reeditado em 25/08/2008
Código do texto: T940874