O namoro sem beijos de Internet

Perfumou seu airoso blog

Cheia de feminino pincel

Nunca foi mesmo um Van Gogh

Nem Mademoiselle Chanel

Plantou flores nas teclas

Quis colher líquidos e-mails

Chorando com os dedos de pétalas

Vestiu-se de fada escondeu os seios

Melhorou sua foto no Orkut

Velejou ao império de sonhos, o Japão

Sentada sobre um tapete acima de Beirute

viu e leu muito... Amigos? Quem são?...

Queria só gente fraterna.

Só. Como na festa de Babette...

Só... mas foi tão ingenuamente moderna

E não se desligou da Internet...

Sem perder nunquinha seus trejeitos

De fagueira mocinha à esperança linda

Expôs um lacinho... mostrou... só... um peito...

Dizem que procura o outro... ainda...