DE TODA POESIA
De toda poesia,
Da mais complexa a mais simplificada,
De todas as formas do mundo,
Das crueis das boas,
Das verdadeiras das mentirosas,
Amor sem números e sem entendimento lógico,
Louco amor, de um amado para a amada,
De toda poesia inefável,
Da única forma existente,
De um coração palpitante cheio de veias,
De um corpo ardente no frio do inverno.
Esse amor tão puro e impuro,
Louco e conciênte,
Falso e verdadeiro,
Quente como fogo no gelo do inverno.
Necessitar o frio na barriga,
Ansear o arrepio endomito,
Venerar o prazer do sexo.
De todas as poesias,
De toda forma existente e inexistente,
É esse amor tão louco e conciênte!