Noite mesclada de âmbar
Como um pássaro sem luz
sigo a ténue linha
que separa o equinócio da noite
e dos labirintos de Borges
Não me posso demorar na dança do tango
esse elixir que provoca arrepios na pele
e continua correndo
até penetrar no fundo da alma
Nestas noites não sei dormir
e por isso
fico silente a pensar no teu corpo
que foi o meu porto de chegada e de partida
Quando adormecer
prometo-te que vou sonhar
com os pássaros que te apartaram de mim
Rogério Saviniano Telo
Funchal 06.05.08