Pela madrugada a fora

em silêncio como agora

sais à procura de alento,

um carinho, um dengo.

Algo que te tire da solidão

desta total escuridão

onde tu te percas e te aches

não saber ao certo, te abate.

Vais em silêncio navegando

e destes mares desvendando

os segredos e mistérios

d'um sentimento  estéreo.

Abrindo janelas em segredo

esperas dividir prazer e medo 

cobertos pelo véu da emoção

numa sala fria buscando satisfação.

Reconhecendo nas linhas

escritas com ou sem rimas

a mesma carência, ânsia

e solidão que tua dor silencia.

 



Iza Mota

Recife- PE

Iza Mota
Enviado por Iza Mota em 07/05/2008
Reeditado em 07/05/2008
Código do texto: T979861