TEUS BRAÇOS

Eu não sabia que teus braços falavam

E tuas mãos eram a boca a gritar meu nome:

"Amor! Vem! Pode vir, teu lugar é aqui."

Braços estendidos clamam por meu corpo

Como se fosse alí... meu oásis

Deste mundo louco.

Seus gestos pedem que eu me entregue

Como silenciosa atração me chamam:

"Vem! Não tenha medo! Confia que eu não te solto nem amasso.

Descansa em mim teu cansaço."

Tuas mãos me contam carícias

Como a pronunciar doces palavras

Carinho sem malícia, gemidos, sussurros, suspiros...

Que vontade de deixar-me inteira

Nessa tua boca cheia de dedos...

Eu não sabia que tudo o que eu queria

Ouvir o convite ao teu regaço que dizia:

"Vem! Vem que com amor eu te cuido.

Que tua alma comigo eu guardo...eternamente em meu abraço."