Por Você Eu Faria!!!

Eu entraria numa auto-escola,

Eu iria às compras num shopping,

Eu iria à missa qual carola,

Eu cortaria a grama do jardim.

Eu faria barba todo dia.

Por você...

Eu malharia numa Academia

Pra me virar um gato sarado

Com tudo em cima.

Eu faria todo dia caminhada,

Cooper (jogging) no Parque Barigüi.

Com sol, chuva, chuvisco,

Neblina, cerração, garoa,

Vento, neve , geada, granizo.

Sempre numa boa.

Por você...

Eu andaria de sunga

Em cima de uma bike

Na Rua Quinze

Qual Oil Man Two.

Por você...

Eu cantaria

Qual um popstar

Num qualquer karaokê

Da grande periferia.

Por você...

Eu voltaria ao teatro,

Cinema, shows, consertos.

Assistir a shows

E filmes em DVD.

Eu deixaria até a Internet

MSN, G-Talk e Orkut

(off temporariamente; risos).

Por você...

Eu voltaria às longas leituras,

Ao estádio de futebol

A ver TV, telenovela

E telejornal.

Eu deixaria as camisetas,

As calças jeans,

E a ser um cara “normal”.

Por você,

Eu freqüentaria bom restaurante,

Eu lavaria a louça,

E iria a boa lavanderia.

Eu te levaria a barzinho-inferninho

E a clube dançante.

E pra bancar estes costumes

Faria horas extras.

Voltaria a deitar e levantar

Em horas certas,

Não faria mais poemas

Até às altas horas

Reservadas pra te Amar!

Por você...

Deixaria de ser glutão,

Não seria mais um chaminé,

Nem mais um bebê-(ze)rrão,

Não seria mais um Zé-mané

Sem auto-estima.

Ia sempre querer

Na vida vencer

Qual Julio Cezar.

Por você...

Se discreto me quiser,

Visto preto, branco, cinza.

Se quiser que apareça,

Boto nariz de palhaço,

Palhaceio como Chacrinha,

Viro bôbo-da-corte,

Penduro melancia no pescoço,

Subo em pernas-de-pau,

Sou bumba-meu-boi,

Folio como bastião

Em Folia de Reis,

Me visto todo de amarelo

E pinto a bunda de vermelho.

Por você,

Eu moderaria minha boemia,

Acabava com esta folia

De trocar a noite pelo dia.

Por você,

Arrumaria todos meu documentos,

Organizaria todos meus arquivos,

Queimava todos papéis velhos,

Arrumava minha biblioteca,

Pagaria todas as minhas dívidas,

Engraxava meus sapatos.

Reparava minha casa

E reorganizava minha vida

Sob tua nova direção

Com conta conjunta

E sem medo de ser feliz,

Em bem-aventurança cheia.

©

®---Gabriel da Fonseca.

---Às Amigas Amadas; à Adorada eSTrELA; 05/01/08 (ou uns dias antes), 1220.