Divagações sobre Ana

Vivo cercado por Anas

Que Ana não me incomode;

Tantas Anas em minha vida...

Anas serão meus mortos?

Por que vejo Anas todo dia. Anas são outr(a)(o)s:

Margaridas, Paulas, Terezas, lúcias, Marias ... José, Adauto, Otoniel, Benedito, Bárbara!

Porém, Bárbara só tem olhos para sua província,

Bárbara é republicana, Eu sou o “precário poeta”.

Um sonho! Ana é um sonho. E como todos, confusos, “mixados” – Tirei Ana dos sonhos?

Na frescura matinal Ana p´ra mim é fruta da cor do paladar: graviola, cana, manga, caju, ciriguela, goiaba....

Ana é Quântica. Infinitas possibilidades.

Infinita para o infinito.

- Se não conto com elas,

- Como Ana sobreviverá?

Em doze linhas, Ana viveu .... Efêmera.

Por enquanto o real, estabiliza Anas.

Os poetas fugiram sem cifrão.

Talvez, levaram Anas, para folhas brancas.

Ana sem letras não sobrevive.

- Amanhã ressuscitarei Ana!

Ana transformou-se em um sonho, e ficou longe escondida.

Não sei onde; talvez em alguma cama, fazendo sexo.

Talvez vomite sua vontade,

Talvez queira morrer,

Talvez pense.

Talvez ria.

Talvez amorfine-se com sua cria, no brando frio da madrugada.

Talvez Ana esteja morta.

Ana é sonho, e todos os tortos caminhos percorridos por Ana,

Devem ser imputados, a um só poeta.

Ananda
Enviado por Ananda em 24/05/2008
Reeditado em 21/12/2010
Código do texto: T1003216