Uma Pedra (Homenagem a Drummond)

Uma Pedra

Fui a Itabira e não encontrei Drummond

Andei pelas Gerais

Poesias!

As li cada vez mais, mas

Drummond estava distante

Me sentindo órfão das palavras

Resolvi me conformar

E parei de procurar

Pela

“pena”

de Drummond

Parado, imóvel e cheio de inércia

Resguardei-me num casulo sem palavras

E estava escuro lá dentro

Luz não havia

Um verso: não havia

Papel, caneta:

Também não

Novamente me fez falta a poesia de Drummond

...quando...

lado a lado com a saudade

com o vazio e a insanidade

me fechei na humildade

e abri os olhos:

Vi papéis, livros e canetas

Vi vida mesmo na não vida do poeta

o entendi como mentor

como eterno professor

Vivo !

Rodrigo Augusto Fiedler
Enviado por Rodrigo Augusto Fiedler em 10/07/2008
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