Um dia ele desarreou o cavalo
Para nuca mais ir campear
O sal no lombo do potro arredio
Caiu da tristeza do seu olhar
Seu coração, pedra aquecida no fogo
Que esquentava sua vida fria
Estará esquecido no silencio
Na geada das noites vazias
O tempo, boi tirano, dobrou as forças
A vista encurtada não lhe permite olhar
A imensidão dos campos verdes
Onde sua alma campeia a sonhar
Mas os campos estarão lá entristecidos
Onde a saudade a nova companheira
Molhará seus olhos no orvalho da dor
Nas lembranças doídas da vida ligeira.
Pequena homenagem ao grande peão boiadeiro, domador e encantador de cavalos, seu Antonio Dias. A simplicidade de sua alma o enriqueceu como se humano eo fez profundo e humildemente sábio. Duplamente morto nesta vida, só não conseguiu domar a vida, esta potra chucra,traiçoeira e indomável.