Mulher Mineira

Seguindo mapas, peguei tua rua

Como um andeiro na Contra mão,

Senti seu cheiro, cheiro de Minas!

O cheiro de pasto e pão!

Será de queijo?

Sei que ele é bom, vê se admite!

Sem reticências, te trago um beijo.

Bem a seu lado e a seu convite

Deixe que eu sonhe sinfonias mágicas,

enquanto e quando o sonho permite!

Como em espelhos da primitiva idade,

tudo outra vez reencontrar, matar saudade!

Recomeçar? Submersões trágicas!

Mesmo com choro num papel de pão,

é tudo em vão, impossível essa transmutação!

O tempo que o tempo tem, tornar viver?

Apesar de tanto querer, virá o enfado!

Repetir tudo sem nenhum verniz?

Dia a dia aprendendo a ser só, sofri um bocado!

mostrou da vida, a cicatriz.

Melhor o agora, em sua cozinha,

bem ao seu lado!

O que me diz?

Em 09/09/2008