Nara

O que preciso dizer,

Não sei se vai entender.

Porquê a subestimam?

Seu rosto dilacerado,

Seus olhos machucados.

Suas mãos por vezes agressiva,

Também sabem afagar os seus mais próximos.

Transpassa medo e apreensão,

Nervosa permaneço ao te ver, aflita.

Sem poder te socorrer.

Em surto quero longe estar,

Mas longe torço para acalmar.

Mas um dia quem sabe é você

Que vai interceder.

Fica no seu mundo,

A girar, a rodopiar.

Sentada ao léu.

Movimentos estereotipados,

Para aliviar a dor.

Nem que eu entre no seu íntimo,

Ou abra a sua mente,

Não poderei sentir, o que tu sente.

Não gostaria de sentir teus sentimentos,

Mas fico observando-te,

Pensando no motivo de tudo isso.

Tudo isso é ocasional, determinado?

Ou será culpa do acaso?

De repente uma forma de resgate e evolução?

Quem sabe também na estranheza do seu jeito,

Não se sinta bem?

Levantar a mão é uma defesa,

Pulsões recalcadas.

Continua Nara, segue com teus instintos.

São teus alívios.

Alguém sempre irá cuidar de ti, te ensinar.

O tua vaga sempre estará reservada.

19/09/08

Giovana Segala
Enviado por Giovana Segala em 20/09/2008
Reeditado em 04/10/2008
Código do texto: T1187748