ENCANTOS
Nota do Autor: Poema dedicado a Helia (Lisa)Correia.
Trazes a serenidade dos que amam com doçura
A voz alimentada pelo olhar risonho
Que num sonho a loucura pode levar
A sensatez da brisa em noite de luar
Sob um simples casebre destelhado
Que um dia a chuva há de amparar.
Trazes a vaidade da felicidade
Sob o “chão de estrelas” reluzentes
Onde a gente pode ser sempre feliz
Sobre a cabeça olhares de serpentes
Que de repente podem nos martirizar.
Ah, como o poeta queria voltar ao passado
E embaixo de tua janela fazer serenata
No seu cavalo alado cavalgar, ir além do infinito
E viver à simplicidade da paixão encantada.
Puderas, meu Deus! só nesta paz navegar
E por entre multidões sossegado caminhar
Sem o desejo de o sonho materializar
Ser simples como a borboleta e o jovem
E nas asas da ilusão sempre poder voar, voar...
Trazes na voz aveludada o canto do sabiá
Que gorjea e desperta da solidão
O amor para disseminar o mundo
Que na Terra nunca há de faltar.