ENCANTOS

Nota do Autor: Poema dedicado a Helia (Lisa)Correia.

Trazes a serenidade dos que amam com doçura

A voz alimentada pelo olhar risonho

Que num sonho a loucura pode levar

A sensatez da brisa em noite de luar

Sob um simples casebre destelhado

Que um dia a chuva há de amparar.

Trazes a vaidade da felicidade

Sob o “chão de estrelas” reluzentes

Onde a gente pode ser sempre feliz

Sobre a cabeça olhares de serpentes

Que de repente podem nos martirizar.

Ah, como o poeta queria voltar ao passado

E embaixo de tua janela fazer serenata

No seu cavalo alado cavalgar, ir além do infinito

E viver à simplicidade da paixão encantada.

Puderas, meu Deus! só nesta paz navegar

E por entre multidões sossegado caminhar

Sem o desejo de o sonho materializar

Ser simples como a borboleta e o jovem

E nas asas da ilusão sempre poder voar, voar...

Trazes na voz aveludada o canto do sabiá

Que gorjea e desperta da solidão

O amor para disseminar o mundo

Que na Terra nunca há de faltar.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 27/03/2006
Reeditado em 31/03/2006
Código do texto: T129125
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