Paixão volátil

"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico." - Nelson Rodrigues

Beijo-lhe a alma

Pois no corpo é proibido

Perdi parte da calma

E um terço da libido

Não creio só em palavras

Seu histórico é factível

Mandem todos os habitués

e impostores Barnabés,

ao leito das favas!

Ele permanecem prostituindo

seus valores e ideais

Desejos faleceram

Promessas?!

nunca houveram

Mas você pode mais

Viverá mais

Sorrirá com razão

Ouça a voz da intuição:

Não deve reclamar

do que viveu,

do que passou

Porque chorou.

A passos novos

Prosseguirá

em melhor caminho

Com experiência

Aprendeu. Sim. Viveu.

Quantas pessoas

pediram o mesmo

Se ofereceram

E negaste a felicidade

Inúmeras a invejam

Quem poderia mais?

Ninguém entende isso

Porém eu penso, creio

e luto, por dias

parecidos em compreensão

Profetizados em contentamento

sortidos por gratidão

E agradecidos neste lamento

José Luís de Freitas
Enviado por José Luís de Freitas em 28/01/2009
Código do texto: T1409684
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