A beleza não é uma jóia fácil.



As rosas perdem a beleza
quando do caule se separam,
e a frágil beleza
só dura em quanto vale.

O tempo mexe na aparência
e o espelho é quem relata,
a vida é uma sequência
subdivididas em fazes.

Quanto mais a idade aumenta
mas se tem maturidade
e as fantasias da juventude
se vão com a vaidade.

A pele aceita as rugas
como troféus em nossas faces,
e a beleza não murcha
quando o coração é o vaso.

A beleza que anda nua
não tem onde morar,
o coração e a lua
se namoram pelo olhar.

De que serve a beleza
se não houver simplicidade.
De que serve a beleza
se não souber expressar-se.

Ulisses Maia
Enviado por Ulisses Maia em 13/03/2009
Reeditado em 13/03/2009
Código do texto: T1484773
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