Salve, ó lusitanos

de Edson Gonçalves Ferreira

para os membros da Associação Portuguesa de Poetas

Aqui, do lado do rio Itapecerica,

Em Divinópolis, minha terra natal

Penso no Tejo e as tágides convocam

Convocam as ninfas das águas verde-amarelas

Para que eu possa dizer,

Com a eloquência de Camões e a emoção de Pessoa

O quanto importante é conhecer gente imortalizada nas letras

Não por causa de simples versos

Não por causa das rimas perfeitas

Não por causa da métrica rigorosa

E sim pelo que atravessa espaço

Pelo que não tem tempo, nem hora

O que imortaliza mesmo o ser: sentimento

A jóia mais preciosa que o Senhor nos deu

Assim, vassalo do amor das Línguas e das Letras, comungo

Comungo com vocês, ó lusitanos

O verbo transformado em flor lírica

Aquela que não murcha

Aquela que não perde o perfume

E feito Camões e Pessoa, multiplico-me

E declaro que somos nobres no sentir

E que, quando queremos passar,

Passamos feito deuses, mas respeitando o outro

O motivo da nossa canção

A celebração da vida

Essa que cantamos

Não só porque o instante existe

Nunca porque a vida está completa

Mas, porque queremos reinaugurar mundos

Dor não é amargura

Alegria é o reverso da tristeza

Afinal, nós, poetas, somos a extensão do braço de Deus

Para usar a palavra

Ponte para o amor.

Divinópolis, 24.04.09

Observação: poema para cumprimentar o membros da Associação dos Poetas Portugues cujo encontro está registrado, regiamente,na página da querida amiga poetisa Susana Custódio.

edson gonçalves ferreira
Enviado por edson gonçalves ferreira em 24/04/2009
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