Gabriela

E eu que me achava coerente

Quando vi teus cabelos cheios pela primeira vez

Teu nariz empinado, prepotente

Tentei te odiar

Tentei maldizer para mim mesmo

Teu jeito de ser, o orgulho na tua voz

Mas minha língua travava

Com um não-sei-o-quê de relutância

E eu que me achava coerente

Vi-me tornar um paradoxo

Ao sorrir dizendo Gabriela

Pois és tudo o que nunca procurei

E eu que achava que me conhecia

Fui me conhecer por dois olhos castanhos

Thiago Zanetti
Enviado por Thiago Zanetti em 15/05/2006
Código do texto: T156467
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