AO POETA
AO POETA
Olá, poeta, como vai?
Estive lendo e relendo teus últimos poemas,
Queria parabenizar-te pela tua sensibilidade.
Sabe, amigo, a poesia é um dom bendito,
A natureza fala, o poeta escreve.
Com a sua perspicácia, capta na escuridão do mundo,
A luz da vida, a ternura, o amor.
Deixa brotar do seu peito a sublime inspiração.
Escreve, poeta, seja onde for,
Até mesmo nas areias da praia.
Usa o tempo vago nas prisões,
(Se é que existe prisão para o poeta,
Além das correntes do belo, do imaginário).
Usa o descanso forçado do hospital,
O arrocho inevitável das conduções,
As madrugadas insones...
Usa aquele momento especial
Sentado à sombra da amendoeira
À beira-mar.
Deixa a tua passagem registrada nesta vida
E um convite às novas gerações
Para seguirem as tuas pegadas.
Um abraço.