Alvura

Era uma casa, era um lar, uma cadeira inteira branca

Era de vime no original, cantava doce o seu balanço,

Ouvindo sopro vindo do mar, na tinta nova sentia-se noiva

Nanava em paz uma criança

Era uma casa, era um lar, uma cozinha inteira branca

Panelas lustres dependuradas, outras no fogo com seus segredos

Exalava sopro também do forno, extasiando não só pequenos

Cheirosos bolos e seus recheios

Era uma casa, era um lar, uma varanda inteira branca

Vasos cerâmicos a decorar e trepadeiras a alcançar

Do peitoril até as telhas formando brincos de belas flores

No entre meio azul do céu

Era uma casa, era um lar, uma bandeira inteira branca

Na sua frente o verde forte, perfilado da montanha

Pavilhão da moradia que marcou seus habitantes

São vestes alvas suas essências

Que se faça natureza nas vivendas sem limites

Com alvura impregnando por inteiro o porvir

A candura sem freios seja o hino declarado

Do contido dentro do peito

Regina Romeiro
Enviado por Regina Romeiro em 10/07/2009
Reeditado em 11/07/2009
Código do texto: T1691721
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