O rebelde

           de Edson Gonçalves Ferreira
           para Manuel Lima (in memoriam)


Ondes estás, amigo, não chegamos
Não somos mais capazes do toque amoroso
Entrementes, os nossos ais tu escutas
E podes ver que a tua obra ultrapassou o tempo
Fizeste da palavra o Verbo Sagrado
Tu que conheceste Deus de forma mais próxima
E, agora, estás ao lado Dele
Não te esqueças, portanto,
De zelar por nós
Isso eu te imploro como Poeta Pardal
Piando, afinado, na terra onde canta o sabiá.

Divinópolis, 23.08.09





                                           
 


Carta canção  

           de Edson Gonçalves Ferreira
           para Maria Helena Sleutjes

Meu canto é simples
Sou o pequeno pardal de Deus
Meu pio é simples, mas amoroso
Como São Francisco, reconstruo as catedrais do ser
Na minha fragilidade, voo buscando no meu bico fino palavras
Palavras tão sagradas quanto as tuas
Transformadas, agora, num livro admirável
Que o Senhor abençoe cada invocação
Porque Ele é o Verbo dos verbos
Aquele que te inspirou
E tornou possível essa realização
Sacralização da palavra
Assim, se escutar uma revoada
Saiba que são os pardais de Deus abençoando-te.

Divinópolis, 23.08.09







Chuva
          
              de Edson Gonçalves Ferreira
               para Helena C. Araújo

Choveu aqui
Em cada gota, como Poeta Pardal
Vislumbrei o semblante de Deus
Ela, a chuva,  caía abençoando a terra
Indiferente a todos os desmandos nossos
Insensatos diante da maravilhosa Natureza
Que se renova diante dos nossos olhares
Míopes olhares que olham mas não vêem
Como o Senhor mesmo o disse.


Divinópolis, 25.08.09

edson gonçalves ferreira
Enviado por edson gonçalves ferreira em 23/08/2009
Reeditado em 25/08/2009
Código do texto: T1770436
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