O que seria

o que seriam dos olhos

se a névoa em vão não caísse

embaçando a dor que derrama

sobre o coração da planície

O que seriam dos sonhos infindos

em dias de realidade

em que a serra acorda talhada

se não existisse a saudade

O que seria do vasto horizonte

se um dia morresse a poesia

sem deixar o aroma brilhante

que alimenta a noite vazia

O que seria do amor verdadeiro

perdido em precipícios

se não fosse a corda poeta

que um dia chamou-se VINÍCIUS

hervulus
Enviado por hervulus em 05/07/2006
Reeditado em 15/09/2010
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