Poema para meu Pai
Ouvindo o velho mar gemer além
Banhando com seu pranto o Hermena
Choro o tempo passado, dia a dia, que pena
Nesta tristeza que de longe vem.
Olho e não vejo nestas praias quem
Minhas mágoas entender podia !
Meu coração vazio de alegria
Chora e soluça, como o mar também.
Gaivotas alvas, semelhando velas
Pardas, ligeiras, demandando o porto
Voltai às asas, sobre o mar, tão belas.
Pousai na terra de onde vivo ausente
Levai, gaivotas, para meu conforto
Esta saudade que o meu peito sente.
Em memória a meu pai falecido em 24/12/2009